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EIXOS DO VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL PADRE CÍCERO

I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE RELIGIÕES E ESPIRITUALIDADES:

Pluralismo Religioso e Cosmovisões no Nordeste - 17 a 24 de março de 2023

 

A programação dos simpósios está organizada em 7 eixos temáticos, definidos pela Comissão de Organização e Comissão Científica, relacionados a seguir:

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EIXO 1 - PADRE CÍCERO, ROMARIAS E CATOLICISMOS NO NORDESTE 

EIXO 2 - PROTESTANTES E EVANGÉLICOS

EIXO 3 - RELIGIÕES AFRO-DIASPÓRICAS E AFRO-BRASILEIRAS     

EIXO 4 – COSMOVISÕES INDIGENAS E A LUTA PELA TERRA

EIXO 5 - DOUTRINAS CIENTÍFICO-RELIGIOSAS E NOVAS ESPIRITUALIDADES

EIXO 6 – ESPAÇO PÚBLICO, RELIGIÃO E POLÍTICA 

EIXO 7 – ESPIRITUALIDADES, ECOLOGIA E O CUIDADO COM A MÃE TERRA

 

1)      PADRE CÍCERO, ROMARIAS E CATOLICISMO 

Coordenação: José Carlos dos Santos (URCA), Maria de Fátima Pinho (URCA) e Renato Dantas

Abarcar as discussões acerca das relações entre o movimento sociorreligioso de Juazeiro e as transformações e ressignificações que ao longo dos anos, considerando as dimensões políticas, históricas e sociológicas, bem como pretende analisar as transformações que vem ocorrendo nas romarias considerando os diferentes olhares voltados para as diversas pertenças e participações nas peregrinações no Nordeste. 

 

2) PROTESTANTES E EVANGÉLICOS

Coordenação: Francisca Jaqueline de Souza Viração (URCA) e Ossian Soares Landim (Sest/Senat)

Em linhas gerais, os dados dos últimos censos apresentam o crescimento exponencial dos evangélicos nas diferentes regiões do país. O Nordeste brasileiro, em que pese a predominância daqueles que se declaram católicos, tem acompanhado essas mudanças no que diz respeito à sua composição religiosa, com o aumento do contingente do número de evangélicos. Este eixo temático pretende discutir a presença do protestantismo no Nordeste brasileiro, desde o histórico ao advento do neopentecostalismo. considerando seus impactos nas diferentes esferas da vida social, com especial destaque para o campo político, haja vista as crescentes interferências da religião na esfera pública no cenário contemporâneo.  

 

3)      RELIGIÕES AFRO-DIASPÓRICAS E AFRO-BRASILEIRAS      

Coordenação: Reginaldo Ferreira (UFCA) e Ridalvo Félix de Araújo (Instituto Federal BH – Minas Gerais)

As formas religiosas de organizações fundadas em perspectivas negras de mundo se apresentam a partir das relações em que as filosofias de vida não dicotomizam o material e imaterial, espiritual e humano, o inteligível e o sensível, diferentemente do que o Ocidente insiste em impor. Cogitar a organização de religiões de bases africanas em terras brasileiras é perceber que existem conjuntos de categorias e operadores conceituais, é notar uma variação de realidades sociais e históricas, empreender olhares investigativos em busca de entender a diversidade de continuidades e recriações além-mar, é penetrar numa estrutura repleta de complexidade, é perceber novos modos humanos singulares de existir e estar onde a natureza é a complementaridade dos sujeitos no mundo. Essas condições marcam a organização dos universos religiosos de ascendências africanas no Brasil, elas geram as religiões afro-brasileiras, refazendo “mundos africanos” em terras brasilis e reinventando vidas – particularidades que legitimam o existir diferenciado de outros modos sociais. Contudo, historicamente os espaços dedicados às práticas religiosas tradicionais de matrizes africanas têm sofrido perseguições, agressões das mais diversas ordens; maneiras de manifestar, impetuosamente, o racismo que se evidencia no ato da intolerância. Fereza aponta que agressões, violências verbais e até físicas – configuradoras do que entendemos por Racismo Religioso – são frequentemente noticiadas contra crianças iniciadas e adultos, adeptos dessas religiões. Assim, pretende-se abordar, neste grupo de trabalho, tais formas de expressão negra no mundo institucionalizadas pelo âmbito das religiosidades, bem como denunciar fatos que refletem nos ataques e perseguições aos seus adeptos e adeptas, buscando a tão almejada Liberdade Religiosa. 

 

4) COSMOVISÃO INDÍGINAS E A LUTA PELA TERRA

Coordenação: Ronaldo de Queiroz (UFBA) e Edson Silva (UFPE)

Dialogar em torno das especificidades das etnias indígenas, com destaque para seus contributos socioculturais próprios para pensar aportes decoloniais e interculturais. Observando uma herança de conhecimentos dos antepassados nos povos indígenas, que possibilitam outras epistemes, ontologias e metodologias solidárias e parceiras a serem visibilidade e difundidas. Reconhecendo e apoiando as legítimas mobilizações dos povos indígenas por direitos, sobretudo aos territórios nos significados e dimensões simbólicas para a reprodução sociocultural.

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5) DOUTRINAS CIENTÍFICO-RELIGIOSAS E NOVAS ESPIRITUALIDADES

Coordenação: Marcelo Ayres Camurça Lima (UFJF/UERJ) e Ercília Maria Braga de Olinda (UFC)

A despeito dos esforços hegemonizadores e disciplinadores das grandes tradições religiosas institucionalizadas, eclodiram, sobretudo no ocidente moderno, Novas Espiritualidades: no século XIX, com a Teosofia e o Espiritismo e no século XX com novas formas de religiosidade sintonizadas com a perspectiva de edificação de uma Nova Era. Uma diversidade de doutrinas e práticas sociorreligiosas herdeiras de diferentes fontes morais e éticas acompanharam transformações societárias, culturais e simbólicas, propiciadoras de ecletismos e hibridações difíceis de se encaixarem em classificações simplificadoras. Quanto à religiosidade difusa alcunhada de “Nova Era” que eclodiu entre as camadas médias das sociedades ocidentais no final do século XX, fruto da “crise de sentido” da modernidade, esta faz uma remissão livre ao Oriente: ioga, meditação, zen, tarô, etc. Também estimula o uso de saberes alternativos, calcada numa articulação entre ecologia e mística, na configuração do paradigma “holista”. Este seu ecletismo se manifesta através do uso dos cristais, pirâmides, florais, secundada numa mentalidade “neo-esotérica” da crença nos contatos com extraterrestres, na projeção da alma para fora do corpo, etc. Para o caso brasileiro e nordestino, a expressão dessas Novas Espiritualidades que reintroduzem no coração da modernidade, o re-encantamento e a mística, há traços mercadológicos e midiáticos, assim como uma tendência ao universalismo, xamanismo e neo-paganismo. Doutrinas espiritualistas já consagradas no mapa religioso brasileiro mesclam cristianismo, africanismo e tradições indígenas, estabelecendo continuidades e rupturas com outras religiões já consolidadas no Brasil, como o Espiritismo kardecista e as religiões afro-brasileiras, são elas: as “religiões ayahuasqueiras” (Santo Daime, A Barquinha e União do Vegetal); a Doutrina do Vale do Amanhecer, a Grande Fraternidade Branca, o Sagrado Feminino, o Xamanismo Urbano etc.  

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6) ESPAÇO PÚBLICO, RELIGIÃO E POLÍTICA 

Coordenação: Carlos Alberto Tolovi (URCA) e Renato Kirchner (PUC – Campinas)

De um modo geral, as religiões têm atuado no espaço público de diversas maneiras e em diferentes ambientes, adotando práticas e posicionamentos diversos, dependendo de suas matrizes de princípios e crenças, orientações doutrinárias e regulatórias. É importante proporcionar um ambiente de discussão e investigação plurais de trabalhos teóricos e/ou empíricos que se interessem pela relação entre espaço público, religião e política, observando como as expressões religiosas se envolvem com os problemas sociais e políticos neste campo tão plural na sociedade brasileira e, particularmente, na região nordestina. Nesse sentido, algumas questões podem ser orientadoras: que teorias teológicas, filosóficas e próprias às ciências da religião e às ciências humanas em geral podem ajudar a analisar e explicar a ligação entre espaço público, religião e política na atualidade? Como se pode caracterizar a atuação e a presença dos grupos religiosos brasileiros no espaço público e na política, tendo em vista seu envolvimento com as instituições públicas? Como avaliar a atuação de grupos e instituições religiosas no espaço público.

 

7) ESPIRITUALIDADES, ECOLOGIA E O CUIDADO COM A MÃE TERRA

Coordenação: Gerson Augusto de Oliveira Junior (UECE) e Marcia Maria dos Santos Fernandes (Direitos da Natureza/Mestra em Direito e doutoranda em Políticas Públicas/UECE)

Há uma premência humana em revisitar ancestralidades, atravessadas por matriz Matrística, por Pachá Mama, por saberes tradicionais que nos levam a refletir sobre o paradigma antropocêntrico e colonizante. O propósito desse GT é viabilizar atravessamentos mobilizados pelas tradições ancestrais de todos os cantos do mundo, que nos convidam a reconhecer a plenitude da vida e a senciência planetária. Pacha Mama nos relembra sobre uma cultura da Harmonia com a Natureza. Ubuntu nos incentiva a reconhecer que todos somos um. Somamos a isso a compreensão da Espiritualidade como instância fundante e sustentáculo do mundo melhor que todos desejamos.

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